sexta-feira, 1 de julho de 2011

DOM QUIXOTE - MIGUEL DE CERVANTES

Publicada no século XVI, esta obra utilizara da estrutura e das técnicas empregadas nas narrativas das novelas de cavalaria do período medieval e trovadoresco para fazer uma crítica a uma realidade e a um tempo que se torna obsoleto (decadente) na medida mesma que os ideais medievais vão dando lugar ao pensamento moderno representado pelo Renascimento e as ideais humanistas. Segundo Ian Watt (Mitos do Individualismo Moderno) Dom Quixote, apesar de um pouco distante de nós, é um típico herói moderno, imperfeito. Acostumado a ler histórias de Rei Artur e outras de aventuras, já velho o personagem não aceita a realidade tal qual ela se apresenta, e num surto de esquizofrenia, de loucura reinventa sua própria realidade, e consegue por vezes até convencer a outros do absurdo que sonha, a exemplo de Sanho Pança, que, ignorante, acredita nas palavras bonitas de seu amigo e cavaleiro "errante", que quer ir em busca de desafios, da fama e da imortalidade. trata-se de um meta-texto, na medida em que o texto ironiza e crítica de modo bem humorado o ridículo daquele ideário. O mundo mercantilista (capitalista) que nos aguarda não mais aceita os principais medievais de cavalherismo, honra, amor a Deus e ao próximo, dar lugar ao individualismo, ao egocentrismo e a coisificação do homem pelo homem.

domingo, 15 de maio de 2011

SERMÕES DO PADRE ANTONIO VIEIRA: UM PORTUGUÊS MAIS BRASILEIRO DO QUE MUITOS NATIVOS

Considerado um dos maiores oradores da língua portuguesa, com sermões arrebatadores, com grande devoção a Deus e um discurso crítico e humanista, Vieira colocou-se contra a escravidão de índios e negros e chegou a convencer a Coroa a abandonar essa ideia por algum tempo. vale apena ler esse clássico, solicitados por todas as Universidades e vestibulares. é livro de cabeceira da Heloísa Helena e do Fernando Collor (aquele safado). mas tudo bem, cada um faz uso do conhecimento de acordo com o seu caráter.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

ENQUETE

Escolha um poema que mostre o amor de forma mais carnal, mesmo assim, tente identificar elementos que apontem para o amor ideal (platônico) e compare as duas formas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ONTEM E HOJE FORMANDO GERAÇÕES


MUSAS, OU MINAS DO CBC
(fragmento. pág.77)

"Aqui passa musas,
ou minas
são tão meninas
mas tão vistosas"

AGRADEÇIMENTOS: AOS AMIGOS E PARCEIROS QUE VALORIZAM A ARTE ALAGOANA

  • NCA/ULBRA (NÚCLEO DE CULTURA AVANÇADA E UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL)
  • BALLANDRA CONFECÇÕES
  • CRIS MODAS
  • ANEXHUS: MODA FEMININA E MASCULINA
  • OUSADIA FASHION
  • TRAVESSURA: MODA INFANTIL
  • PATROPI: MODA INFANTIL
  • DROGARIA SÃO JORGE
  • COLÉGIO BOM CONSELHO
  • GET: COLÉGIO E CURSOS
  • J.S CONFECÇÕES
  • ACADEMIA VIGOR E VIGOR É CHARME
  • RACCO COSMÉTICOS
  • RÁDIO NOVO NORDESTE E JOVEM PAN
  • LIVRARIA SENNA
  • COLÉGIO MULTIVISÃO
  • GRÁFICA ARTS E BRINDES

CAPA:PROTESTOS E DECLARAÇÕES DE AMOR

Henrique Nunes escreve poesia desde a adolescência, no entanto, é seu ingresso na Universidade e o contato com professores e outros poetas nacionais e regionais que lhe despertara para a carreira literária. Lança assim seu primeiro livro "Protestos e declarações de amor", que transita entre o lirismo romântico e a poesia debochada do modernismo, aliada a uma reflexão da condição humana e da vida social dos indivíduos. Trata-se de um grande livro, escrito por uma grande alma, que acredita nas mudanças de nossa sociedade" (Marcos de Oliveira, Professor e amigo).


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MITOLOGIA DO AMOR

Há uma estrela solitária
em cada vaga do céu do meu peito.
Há um lado negro em tudo que é puro
e um tumulto entre  nosso íntimo desejo.
Há um beijo
que ainda não se desprendeu de sua boca
e planetas belos e distantes
que ainda não nasceram,
e nem fizeram do céu
algo maior que o próprio  céu.
Há um momento para contemplar o que é perfeito
e uma verdade para se quebrar
nos seus lábios e nos seus seios.
Há uma outra verdade para se realizar no seu leito
de onde renasce a mesma Vênus toda noite.


(Ferreira Nunes)

PROTESTOS E DECLARAÇÕES DE AMOR

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

DATAS DE LANÇAMENTO DO LIVRO PROTESTOS E DECLARAÇÕES DE AMOR



Dia 12 de Fevereiro, Sábado, a partir das 10h da manhã, na Sua Livraria, na Rua Boa Vista, Centro de Arapiraca;
E no auditório da Uneal, terça-feira, dia 15 de fevereiro de 2011. (Apresentação e estande)

domingo, 2 de janeiro de 2011

VEM AMOR

Vem amor, gastar sua saliva,
Enroscar-se em meu pescoço.
Não precisa de alvoroço,
Eu sei, a gente precisa...
Vem amor, velar meu sino,
Dormir como num sonho...
Você faz parte dos meus planos,
venha, não a abandono!
Vem balançar na minha rede.
Não sou seu dono, 
Mas aqui, entre quatro paredes
Quero que você seja só minha.


Vem amor, ver o sol nascer,
O sol se pôr, a lua nascer...
Não espere o tempo correr,
Venha logo me ver,
Vem fazer parte do meu ser.


(Ferreira Nunes)

A GENTE SE CASA

Preciso do teu cobertor
Para me dilatar
Antes do sol apagar
Antes que a luz acenda.
Só peço os teus atributos perfeitos,
A tua variante mais rara.
Saia de casa
E vem pra casa
Que a gente se casa
Como a noite e madrugada.


(Ferreira Nunes)

NORDESTE

No Nordeste
A água é escassa
O chão se racha
O homem imigra
A mulher Chora
A seca intriga e se alastra
Por todo Sertão do mundo.


No Nordeste
Padinho Ciço é grande homem santo.
Sou cabra-da-peste de Alagoas.
Aqui o sol arde, o homem é seco
Só o que chove é lágrima das pessoas
Que tanto promessas fazem ao céu
Rogando por água, pão, terra, verde
Que espalhe esperança na plantação.


No Nordeste
A chuva não passeia
O gado não come,
A vida não vagueia,
Mas o grilo ainda canta
No silêncio da imensidão,
A esperança voa,
O sabiá gorjeia
E a gente do sertão
Espera...


(Ferreira Nunes)

INTRODUÇÃO (FRAGMENTO)

"Protestos e Declarações de Amor". Não consigo imaginar melhor nome para este livro, pois, a meu ver a poesia é, sobretudo isso, a poesia deve sempre ser vanguarda, ser protesto, contestação. (...) Mas a poesia não é só protesto, nem política, e nem pode ser só isso apenas. Poesia é, sobretudo, amor.


(Prof. Marcos de Oliveira)