domingo, 2 de janeiro de 2011

NORDESTE

No Nordeste
A água é escassa
O chão se racha
O homem imigra
A mulher Chora
A seca intriga e se alastra
Por todo Sertão do mundo.


No Nordeste
Padinho Ciço é grande homem santo.
Sou cabra-da-peste de Alagoas.
Aqui o sol arde, o homem é seco
Só o que chove é lágrima das pessoas
Que tanto promessas fazem ao céu
Rogando por água, pão, terra, verde
Que espalhe esperança na plantação.


No Nordeste
A chuva não passeia
O gado não come,
A vida não vagueia,
Mas o grilo ainda canta
No silêncio da imensidão,
A esperança voa,
O sabiá gorjeia
E a gente do sertão
Espera...


(Ferreira Nunes)

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